quarta-feira, julho 30, 2008

Poeminha bonitinho

Antes de amar-te, amor, nada era meu / Vacilei pelas ruas e as coisas: / Nada contava nem tinha nome: / O mundo era do ar que esperava. / E conheci salões cinzentos, / Túneis habitados pela lua, / Hangares cruéis que se despediam, / Perguntas que insistiam na areia. / Tudo estava vazio, morto e mudo, / Caído, abandonado e decaído, / Tudo era inalienavelmente alheio, / Tudo era dos outros e de ninguém, / Até que tua beleza e tua pobreza / De dádivas encheram o outono. (Pablo Neruda)

Um comentário:

Brian disse...

Neruda é covardia, tá?
Beijo beijo beijo apaixonado.